Os relés sofreram uma considerável evolução nos últimos 50 anos e passaram de relés eletromecânicos para relés de estado sólido, logo substituídos pelos atuais Dispositivos Eletrônicos Inteligentes. Enquanto os relés eletromecânicos foram projetados para uma única função, os dispositivos atuais vêm com multifunções embarcadas – não somente compreendendo sua aplicação propriamente dita, mas permitem também uma infinidade de configurações definidas pelo usuário - esses dispositivos compreendem recursos adicionais como medição de sincrofasores e tempo precisos. Os modernos relés evoluíram para verdadeiros computadores, requisitando freqüente atualização de software e ajuste de configurações.
O que não mudou foram os transformadores de corrente (TC) que energizam os circuitos do secundário onde aos relés estão ligados. Esse é o ponto onde os sinais analógicos encontram-se com o mundo digital dos relés. O transformador de corrente é responsável pela saturação – um fator que não pode ser detectado pelos relés. Por esse motivo, um ponto a ser testado é a correta resposta dos relés a correntes de saturação. Em razão disso, testes de injeção de sinal no secundário continuam sendo um requisito fundamental da manutenção programada, além das funções de auto-teste já executadas pelos relés modernos
No entanto, o que não mudou foram os requisitos para os testes de comissionamento e manutenção. IEDs modernos se tornam mais rápidos e confiáveis. O que se faz pensar que as instalações elétricas necessitam menos mudanças e manutenções. Infelizmente os relés fazem parte do mundo digital e fazem parte de um ciclo tecnológico acelerado. Eles estão sujeitos a atualização de software e segurança – e a cada nova mudança, se fazem necessários novos ciclos de testes. Além do teste convencional de injeção de sinal do secundário, interfaces de testes são atualmente utilizadas para acessar os relés após as atualizações e melhorias de cybersecurity.
Por fim, o que não tem mudado são as típicas aplicações dos relés como: proteção à distância, proteção à sobrecorrente, proteção diferencial, proteção de linha, proteção de motor etc.. Uma geração de especialistas em relés trabalharam desenvolvendo padrões e convenções para configurar essas circunstâncias. A respeito das interfaces de teste, a VDE - associação de engenheiros da Alemanha, criou blocos de teste com configurações de 7, 14 e 19 pólos que atendem os requisitos de corrente, tensão e sinal para cada situação específica. Se você tem uma configuração existente ou padrão estabelecido de interface de teste na sua empresa e gostaria de saber como solucionar com um produto da SecuControl, entre em contato conosco.